sábado, 2 de fevereiro de 2008

CATÓLICO BRASILEIRO GOSTA DE SELECIONAR OS DOGMAS QUE DESEJA SEGUIR

"...o catolicismo experimenta, à revelia de Roma, uma profunda reforma. Isso ficou bem demonstrado em pesquisa realizada pelo Datafolha há dez anos, em 1997. A serviço do instituto os pesquisadores foram às portas das igrejas do Rio e São Paulo. Ouviram os católicos. Só os praticantes, como se diz. Confirmou-se que, intuitivamente, todos já pressentiam: os católicos brasileiros praticam a religião à sua maneira. O católico seleciona os dogmas que deseja seguir. Fecha os olhos para pontos cruciais da doutrina da Igreja. Há fiéis que chegam mesmo a pôr em dúvida a existência do inferno (48% dos entrevistados) e até a virgindade de Maria (6%. Há outros que, contra a pregação do clero, admitem o uso de camisinha (90%. Aceitam com naturalidade o casamento informal, constituído longe do altar (64%). Acham, aliás, que a mulher não precisa casar virgem (55%)." (Fonte: Jornal O Liberal, Belém Pa, de 03.02.08, coluna No Planalto, de Josias de Souza, que chega a citar, referindo-se ao Aborto, uma curiosa norma da Bíblia (Êxodo 21:22-25). Vão lá e dêem uma olhada.
Ora, estamos em época do carnaval e vemos de um lado a Igreja tentar proibir - em vão -terminantemente a chamada "pílula do dia seguinte" e de outro lado o Governo a considerar que se trata de questão de saúde pública.
O resultado é que os católicos vão pular carnaval, não vão usar a tal pílula, vão utilizar a camisinha etc.
Isto comprova que o catolicismo no Brasil, hoje em dia, tornou-se mais uma tradição do que uma religião vivida, cumprida e até certo ponto acreditada, tanto no Brasil como no mundo.

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